domingo, 17 de março de 2013

Não deixo-te ir


Não deixo-te ir, mesmo que já tenhas saído da minha vida. 
Não deixo-te ir, e dia-a-dia te vivo em minhas feridas. 
Não deixo-te ir, porque tenho em mim a desesperada esperança de que vais voltar. 
Mantenho em mim a fantasia de que meus delírios vão se concretizar. 
Não deixo-te ir, te aprisiono nas masmorras do meu eu, 
algemado nas grades do meu coração.
Te sinto presente em cada sorriso, em cada erro meu, 
em cada canção. 
Não deixo-te ir, pois és parte de mim, 
és meu tormento sem fim, 
és meu refúgio em meio ao vazio,
és meu subterfúgio para viver. 
Não deixo-te ir, pois lembro de quando sorriu, 
de quando eclodiu o amor 
e de quando soube o lado bom de sofrer. 
Não deixo-te ir porque te amei em cada sofrimento, 
amei cada devaneio, 
te amei a todo momento. 
Não deixo-te ir, mesmo que já tenhas ido, 
mesmo que já tenhas me ferido, 
mesmo sem nunca ter te tido. 
Não deixo-te ir meu querido, 
e te mantenho vivo, 
aqui bem escondido, 
dentro das minhas contradições sem sentido. 
Não deixo-te ir, 
e nunca deixarei, 
pois não existe ex-amor, 
e só eu sei o quanto te amei.
                                                                                                          - Betina Pilch.

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