"As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão. Mas as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão." - Carlos Drummond de Andrade.
domingo, 17 de março de 2013
Não deixo-te ir
Não deixo-te ir, mesmo que já tenhas saído da minha vida.
Não deixo-te ir, e dia-a-dia te vivo em minhas feridas.
Não deixo-te ir, porque tenho em mim a desesperada esperança de que vais voltar.
Mantenho em mim a fantasia de que meus delírios vão se concretizar.
Não deixo-te ir, te aprisiono nas masmorras do meu eu,
algemado nas grades do meu coração.
Te sinto presente em cada sorriso, em cada erro meu,
em cada canção.
Não deixo-te ir, pois és parte de mim,
és meu tormento sem fim,
és meu refúgio em meio ao vazio,
és meu subterfúgio para viver.
Não deixo-te ir, pois lembro de quando sorriu,
de quando eclodiu o amor
e de quando soube o lado bom de sofrer.
Não deixo-te ir porque te amei em cada sofrimento,
amei cada devaneio,
te amei a todo momento.
Não deixo-te ir, mesmo que já tenhas ido,
mesmo que já tenhas me ferido,
mesmo sem nunca ter te tido.
Não deixo-te ir meu querido,
e te mantenho vivo,
aqui bem escondido,
dentro das minhas contradições sem sentido.
Não deixo-te ir,
e nunca deixarei,
pois não existe ex-amor,
e só eu sei o quanto te amei.
- Betina Pilch.
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