sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Criticamente Nacional


"Brasil, um sonho intenso, um raio vívido, de amor e de esperança à terra desce..."
E com o tempo nada se cultiva, tudo se esquece.
Essas palavras penetram em minha alma como um lampejo de revolta. O que fazer com essa gente que esquece seus sonhos e se acomoda?
Deitados eternamente no berço do comodismo adormeceram na alienação e esqueceram o patriotismo.
Vivo na tal terra adorada, na tal pátria amada, como "mãe gentil" denominada, e hoje por seus filhos totalmente desonrada.
Aposto no sol da liberdade como uma forma de esperança, mas a pátria e suas acinzentadas sombras da ignorância fazem da mente alheia uma presidiária sem fiança.
Ouço um grito estridente e me pergunto se alguém despertou, mas foi só o meu interior sozinho que nenhum companheiro encontrou.
Eu que não sei o que faço, o que penso, ou para onde vou, me pergunto para onde foi aquele povo que veria sua pátria ficar livre ou... é, acho que o tempo as matou.
Olho indignada para o lábaro que ostentas estrelado, e chego a conclusão que talvez eu ainda espere pelo brado retumbante desse tal povo heroico honrado.
                                                                                                                               - Betina Pilch.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom e, também, revoltante. Não sou alguém patriótico, porém lutaria pela justiça e pelo bem comum. E apesar da realidade ser dura,fria e crua, não pararei de sonhar em um Brasil melhor. E em mundo melhor. Pois, afinal, foi quase sempre uma minoria criativa e dedicada que fez o mundo melhor.