domingo, 2 de dezembro de 2012

Desordem e Regresso


Assassinos de sonhos, agricultores de violência, e a embriaguez de um povo que bebe da sua doce decadência.
União inexistente, egoísmo evidente, epidemia de descasos, um presente imutável.
Capitalismo enaltecido, educação sem importância, desejos falecidos enterrados com a esperança.
Olhos fechados para realidade, salários transbordando do bolso de alguém sem escolaridade. Dez anos estudados sem nenhum valor, o responsável pela vida ganhando menos que um vereador.
O responsável pela formação da inteligência tendo que lidar com a negligência de sua nação, heróis honrados e respeitados que diariamente vêem sua profissão fugindo do caixão.
O quadrado manipulador transformando o intelecto humano em um circo dos horrores, que com seu conteúdo ridicularizado têm soldados cegos como seus fiéis seguidores.
Seguidor alienado desconhecedor da razão, que faz do descaso seu maior adjetivo e tem a insensibilidade como rainha do coração.
Braços fracos sem desejo de conquista, os bosques hoje mortos já foram os mais cheios de vida.
Um país em total desordem e regressão, onde elevam a mão ao peito e cantam o seu hino sem nenhuma emoção.
Um passado sem glórias e um presente sem paz, desonra ao nosso lema e indignos de um futuro perspicaz.
- Betina Pilch.

3 comentários:

Brunno César disse...

Acho que esse texto seria uma versão poética de meus textos. Digo, se eu fosse fazer um poema, seria com essa intensão. Talvez não conseguisse expor de forma tão evidente e verdadeira. (...) Acho que deveríamos ser mais egoístas, no modo de pensarmos mais em nós, seres humanos. Não o egoísmo individual, mas o coletivo.

Betina Pilch disse...

Faço das suas, as minhas palavras Brunno!

Anônimo disse...

PENA QUE NAO TEMOS MAIS PENSADORES COMO VOCE.
ACORDA JUVENTUDE!